domingo, 16 de maio de 2010

MILETO, O ADVOGADO DE “SEU” EDMUNDO

Capela do Charito

Por
Jean Kleber Mattos
Publicado no Blog Ipueiras em 22/04/2006 por Marcondes Rosa.

Meu pai (Neném Mattos) sempre me fala, com muito carinho, de seus amigos dos tempos de solteiro em Ipueiras. Gosta de contar uma “estória” envolvendo dois companheiros por quem sempre teve grande admiração: Edmundo Medeiros e Mileto Catunda. Ri muito quando rememora o espírito brincalhão de Mileto e a compenetração de Edmundo no episódio.

Nos idos tempos de solteiro, Edmundo tinha uma namorada no Charito. Um dia, entusiasmado com a programação dos colegas de Ipueiras, deu o “bolo” na namorada.

A menina era brava, e ele, com medo da bronca, levou consigo, no dia seguinte quando do encontro com a namorada, o amigo Mileto Catunda. Ele seria seu “advogado”. Confirmaria toda a sua história, etc.

Chegados à casa da moça, sentaram-se confortavelmente na sala de visitas. A namorada então começou a queixar-se do “bolo” e acresceu mais algumas reclamações ao discurso, buscando apoio moral justamente em Mileto Catunda.

Aos poucos, Mileto foi sendo nucleado pela exposição da moça e começou a esboçar preocupantes sinais de solidariedade, embora durante toda a conversação se mantivesse calado. Apenas um bom ouvinte.

De repente, uma pausa respiratória da interlocutora e Mileto acenou que finalmente falaria. Edmundo, ali postado, esperou os elogios do amigo Mileto ao seu caráter e a confirmação de suas justificativas, conforme haviam combinado.

Qual não foi sua surpresa, porém, quando, respirando fundo, Mileto sentenciou:

-O cabra é sem vergonha!

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